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Titre
La métropolisation parisienne : particularités et généralités
Sujet
Metropolization
segregation
social spatial
spatial transformations.
Ile de France
Paris
Métropolisation
ségrégation socio-spatiale
transformations spatiales.
Metropolização
segregação socioespacial
transformações espaciais
Description
Parler du phénomène métropolitain aujourd’hui, en plein XXIe siècle, suppose que l’on aille au-delà des phénomènes de croissance et de multiplication qui sont en général constants dans les grandes agglomérations urbaines. La métropolisation de l’espace est un processus qui peut également se caractériser aujourd’hui par la discontinuité territoriale qui articule les villes à partir de méthodes de production, grâce à l’existence de réseaux (techniques et informationnels) permettant de relier les espaces non continus. Selon Lencioni (2003), la zone d'influence et les articulations de la métropole instaurent une limite à cela. Mais discuter de la métropolisation, c’est aussi aller au-delà de la croissance et de la multiplication des agglomérations et des richesses. C’est essayer de comprendre la contradiction présente dans cette relation et dans les lieux qui configurent la métropole traditionnelle, c’est-à-dire, sa continuité territoriale. C'est aussi étudier l’accroissement de la pauvreté et de la distinction sociale et spatiale. Avec l’expansion métropolitaine naissent, avec ou sans l’aval des pouvoirs publics, des zones périphériques qui sont nécessaires pour la croissance de la richesse métropolitaine. La question du phénomène métropolitain se pose aujourd'hui d'un point de vue institutionnel. Le projet « Grand Paris » propose d’agir pour promouvoir l’institutionnalisation d’une future métropolisation parisienne qui, selon l'État, est nécessaire pour que Paris continue à faire partie des métropoles internationales attirant des investissements au niveau mondial. Mais que signifie institutionnaliser la métropole ? C’est d'une part, mettre officiellement en pratique un projet national de compétitivité internationale (à l’échelle mondiale) et de l’autre, c’est braquer les projecteurs sur les conflits et les rapports Paris-banlieues (à l’échelle locale et régionale). Cet article propose une réfléxion sur la métropolisation parisienne et les transformations socio-spatiales qui en découlent, en démontrant de quelle manière le discours sur la mixité sociale est utilisé pour justifier la ségrégation socio-spatiale.
To speak about the metropolitan phenomenon today, in the XXI century, implies in going beyond the growing and multiplication phenomenon of the large urban agglomerations, in general continuous. The metropolization of the space is a process that today can also be characterized by the territorial discontinuity, which articulates cities from the productive processes due to the existence of (tecno-informational) nets that enable the connections among non continuous spaces. According to Lencioni (2003) there’s a limit for that given by the area of influence and articulations with the metropolis. But to speak about the metropolization is also to go beyond the growing and multiplication of agglomeration and wealth. It’s trying to understand the contradictory process implicated in this relationship and in the places that configure the traditional metropolis, in other words, its territorial continuity. It’s also to discuss the growing of poverty, and of the spatial differentiation. In the metropolitan expanding, with or without the public power endorsement, peripheral areas arise which are necessary for the growing of metropolitan wealth. Today the issue of the metropolitan phenomenon is institutionally put. The “Grand Plan Paris” evokes actions to promote the institutionalization of what would be the metropolization of Paris that, according to the state power is necessary to guarantee Paris in the list of the world cities, keeping it inserted in the world frame of global investments. But what does institutionalize the metropolis mean? On one side it implies in officially putting in practice a national project of international competitiveness (world scale) and on the other side, putting in focus the Paris-banlieues conflicts and relationships (local and regional scale). This article proposes to discuss the metropolization of Paris and the resulting social spatial transformations, highlighting how the speech of social mix is used justifying the social spatial segregation processes.
Falar do fenômeno metropolitano hoje, em pleno século XXI, implica em ir além do fenômeno de crescimento e multiplicação das grandes aglomerações urbanas, em geral contínuas. A metropolização do espaço é um processo que pode ser caracterizado hoje também pela descontinuidade territorial, que articula cidades a partir de processos produtivos graças a existência de redes (técno-informacionais) que possibilitam as ligações entre espaços não contínuos. Segundo Lencioni (2003) há um limite para isso dado pela área de influência e articulações com a metrópole. Mas falar da metropolização também é ir para além do crescimento e multiplicação de aglomerações e riquezas. É procurar entender o processo contraditório implicado nessa relação e nos locais que configuram a metrópole tradicional, ou seja, sua continuidade territorial. É discutir também o aumento da pobreza, da diferenciação sócio-espacial. Na expansão metropolitana surgem, com ou sem aval do poder público, áreas periféricas necessárias ao crescimento da riqueza metropolitana. A questão do fenômeno metropolitano está hoje posta institucionalmente. O “Grand Plan Paris” evoca ações para promover a institucionalização do que seria a metropolização parisiense que, segundo o poder estatal se faz necessária para garantir Paris no rol de cidades mundiais, mantendo sua inserção no quadro mundial de investimentos de ordem global. Mas o que significa institucionalizar a metrópole? De um lado implica em colocar oficialmente em prática um projeto nacional de competitividade internacional (escala mundial) e de outro, colocar em foco os conflitos e as relações Paris-banlieues (escala local e regional). Este artigo se propõe a discutir o processo de metropolização parisiense e as transformações socioespaciais resultantes, dando destaque para como o discurso da mixité social é utilizado justificando processos de segregação socioespacial.
Créateur
Alves, Glória da Anunciação
Date
2012-03-19
Langue
fr
Type
article
Identifiant
http://confins.revues.org/7439
doi:10.4000/confins.7439