Les relations ville-port à Rio de Janeiro : entre difficultés et perspectives de développement

Les relations ville-port à Rio de Janeiro : entre difficultés et perspectives de développement

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La réorganisation productive à l’œuvre depuis le début des années 70 projette chaque fois un peu plus les villes et les ports comme des acteurs majeurs de l’intégration des territoires dans les flux issus de la mondialisation. A Rio de Janeiro, depuis la fin des années 90,  nous observons de nombreuses initiatives de modernisation du système portuaire et de revitalisation des friches portuaires de la ville. Le port est actuellement très dynamique au niveau national dans le domaine des conteneurs, des véhicules (roll-on/roll-off), du pétrole et de ses dérivés (port d’appui logistique de la Petrobras) et enfin du tourisme avec le transport de passagers. Cependant, les relations ville-port à Rio de Janeiro sont caractérisées par de sérieuses difficultés. Jusqu’à présent, les autorités portuaires, la ville, les acteurs privés et la société civile n’ont pas réussi à formuler un véritable projet de développement concerté autour de la ville et du port.Les relations ville-port à Rio de Janeiro sont encore très fortement influencées par des pratiques issues de l’ère industrielle du pays, présentant les deux entités comme incompatibles. D’un côté, la ville cherche à revitaliser ses friches portuaires en développant de grands projets urbains à vocation touristique sur le modèle de nombreuses expériences internationales ; de l’autre, le port cherche à développer ses activités pour faire face aux flux croissants issus de la mondialisation. Pourtant, de véritables politiques de développement innovantes sont expérimentées à travers le monde, comme c’est le cas en Europe dans les villes portuaires de la « rangée Nord » (Northern Range) ou encore en Espagne, ou nous assistons au développement conjoint des deux dynamiques à travers l’élaboration de stratégies économiques concertées.     

The productive reorganization in progress since the early 70s projects each time a little more cities and ports as such mains actors of the territory integration in the globalization’s flows. In Rio de Janeiro, since the end of the 90s, we can observe numerous modernisation initiatives of the port system, and of the city waterfront revitalization. The port is actually really dynamic in national level for the containers traffic, vehicles (Roll-on/Roll-Off), Oil and Oil products (Petrobras Logistic port support) and in Tourism with the passengers transport. However, Rio de Janeiro Port-city relationships are characterized by serious difficulties. Until today, Port Authorities, the city, private actors and civil society have not formulated a real concerted development project including the City and the Port. Rio de Janeiro Port-city relationships are influenced by old Industrial Era practices of the country, presenting both entities such as incompatibles. In one side, the city is interested in old port spaces revitalization, by developing huge tourism urban project based on several international experiences; on the other side, the port is interested in developing his activities in order to attend Globalization growth flows. However, true innovating development policies are experimented, such as port cities in the Northern Range or in Spain, places where we can observe a united development of the two dynamics through the elaboration of concerted strategies.

A reorganização produtiva em curso desde o inicio da década de 70 projeta cada vez mais as cidades e os portos como atores importantes da integração dos territórios nos fluxos da globalização. No Rio de Janeiro, desde o fim da década de 90, podemos observar numerosas iniciativas de modernização do sistema portuário e da revitalização dos espaços portuários baldios da cidade. O porto se encontra atualmente muito dinâmico no nível nacional na manutenção de contêineres, de veículos (roll-on/roll-off), de petróleo e derivados (porto de apoio logístico da Petrobras) e por fim do turismo com o transporte de passageiros. Contudo, as relações porto-cidade no Rio de Janeiro são caracterizadas por serias dificuldades. Até hoje, as autoridades portuárias, a cidade, os atores privados e a sociedade civil não conseguiram formular um verdadeiro projeto de desenvolvimento concertado em prol da cidade e do porto. As relações porto-cidade no Rio de Janeiro são ainda muito influenciadas por práticas decorrentes da Era Industrial do País, apresentando as duas entidades como incompatíveis. De um lado, a cidade procura revitalizar os espaços portuários baldios pelo desenvolvimento de grandes projetos urbanos oriundo pelo turismo, no modelo de varias experiências internacionais; do outro lado, o porto procura desenvolver suas atividades para atender aos fluxos crescentes da globalização. Portanto, são experimentadas no mundo verdadeiras políticas de desenvolvimento inovadoras, como no caso da Europa nas cidades portuárias do “Northern Range”, ou na Espanha, lugares onde assistimos ao desenvolvimento em conjunto das duas dinâmicas através da elaboração de estratégias concertadas.

Cozic, Bertrand

2012-06-22

fr

article

http://confins.revues.org/7737

doi:10.4000/confins.7737